Às vezes sem sono, sem fome
Sem nada, inclusive sem destino,
Vou passando pela vida arrependida de tudo
Dos amigos que não fiz
Do tempo que perdi,
Das noites que dormir
E do medo que não sentir.
Sigo um rumo incerto mergulhada num oceano de ilusões.
Tudo passou, só resta à mágoa que não sai.
o ressentimento crescente
de um peito idiota que
acreditou demais
em ideais surreais.
Agora me encontro num abismo.
Consigo perceber que ainda tenho uma jóia,
não posso desfazer-me dela,
Pois ainda precisa de mim.
Cabelos dourados e sorriso encantador.
Preciso continuar nela e ela em mim,
Mas como?
Não tenho forças me desculpe,
já não agüento mais
Tá escuro aqui, porém, acho que enxergo uma luz no fim do túnel,
Engano meu,
Acabo de ter a certeza que não há.
Minha liberdade depende de muitas coisas
Dentre elas duma estrutura dominante que parece não ter fim.
Arrasada continuo seguindo,
O caminho ta estreito e não sei até quando, nem como vou tentar achar meu rumo.
Batalho, suportando humilhações e ao mesmo tempo descobrindo que nada disso é o que sonhei pra mim.
Nada mais faz sentido.
Anubia R. Sobrinho.
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